top of page

O movimento antivacina que ameaça a saúde mundial

  • matheusdesenna
  • 16 de jan. de 2022
  • 3 min de leitura

Ao término do ano de 2019, o mundo começou a se chocar diante da ameaça iminente de um novo vírus que surgia pelas bandas da Ásia e que começava a colocar em cheque toda a área médica, científica e política do globo. A medida que dias e semanas se passavam, o mundo esperava aflito o dia em que este novo vírus chegaria em sua região e qual era a sua capacidade real de estrago. Junto com essa nova ameaça, uma velha discussão reapareceu e cada vez mais forte, aonde algo que muitas vezes estava acanhado, quietinho e disfarçado, começou a ganhar uma maior forma e passou a circular nas mais diversas rodas de discussão e bate papo.


Diante da capacidade de destruição do novo coronavírus em todo o mundo, ficou comprovado pela classe científica que a maior chance para que se minimizassem os riscos do mesmo seria o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus, de preferência em tempo hábil, ou seja, era uma luta contra o relógio.


A comunidade científica, como talvez nunca antes visto, conseguiu produzir diversas vacinas em tempo recorde, o que causou estranheza e diversas teorias da conspiração por parte de diversas pessoas. Muitos, não levaram em conta o quão desenvolvida está a ciência atualmente e que este novo vírus, na verdade era um vírus antigo, que já havia dado as caras por aqui, mas que dessa vez tinha passado por algumas mutações que o deixaram mais forte e resistente, ou seja, não era um inimigo tão novo assim.


O vírus literalmente nocauteou até mesmo nações de primeiro mundo, mas junto com este novo velho inimigo, uma discussão se reascendeu e com muito mais força: vacinar ou não vacinar? Será que as vacinas são realmente confiáveis?


Ao contrário do que muitos pensam, essa não é uma discussão exclusiva do Brasil, na verdade, ela começou em países de primeiro mundo e está longe de ser uma exclusividade relacionada ao coronavírus. Em diversos países, existe uma corrente fortíssima que é contrária a toda e qualquer tipo de vacinação, seja por falta de confiança nas mesmas, seja por teorias conspiratórias, entre outros diversos motivos, todos eles sem uma justificativa plausível e que de algum modo se confirme a razão para tamanha desconfiança.


Com a agilidade da informação atualmente, um outro fenômeno veio acompanhar o movimento conhecido mundialmente como Antivax, as fake news. Elas alimentam diariamente o imagináriofe de diversas pessoas que já tinham lá o seu pé atrás com relação as vacinas. Veja bem, no Brasil, chegaram a dizer até mesmo que as vacinas contra o coronavírus contribuiriam para que as pessoas virassem jacaré, para que as pessoas passassem a ser monitoradas por uma rede mundial de controle, entre diversos outros absurdos.


Segundo dados da OMS, hoje o movimento antivacina é uma das maiores preocupações a saúde em todo mundo, haja vista que as vacinas por ano chegam a evitar 3 milhões de mortes em todo o globo e caso as campanhas de vacinação conseguissem atender um maior número de pessoas, esse número poderia chegar a 4,5 milhões de mortes a menos anualmente.


No Brasil por exemplo a meta de vacinação da Tetra viral que previne o sarampo, a caxumba, a varíola e a rubéola é de 95%, porém, no ano de 2017, o número foi de apenas 70,69%. É importante que se combata as falsas notícias, com informações adequadas. Por essas bandas, foi possível zerar o número de mortes por diversas doenças, devido as campanhas de vacinação existentes, campanhas essas que hoje se veem ameaçadas por um movimento que não trás ganhos a sociedade, mas sim, coloca em risco a saúde de todos nós.


Não se trata do coronavírus e a briga política que o mesmo trouxe consigo, se trata da conscientização para que não se regrida ao estado de saúde calamitoso que víamos em nosso país a cerca de 100 anos atrás, onde diversas pessoas morriam por doenças que hoje são controláveis através de vacinas disponibilizadas gratuitamente pela rede de saúde pública.


Essa semana um caso passou a ser extremamente divulgado por todos os cantos. O tenista mundialmente conhecido e atual nº 1 do mundo Novak Djokovic, pessoa extremamente contrária as vacinações, forjou um passaporte vacinal para facilitar a sua entrada na Austrália, onde disputaria um torneio de tênis. O impacto de uma pessoa com imagem mundial trabalhar a favor de um absurdo desses, é demasiadamente grande, o que nos torna cada vez mais responsáveis de buscarmos informações adequadas, para ajudarmos a todos que estão ao nosso redor da importância das vacinas e o quão importante elas são para a vida em coletividade, afinal, as medidas que tomamos muitas vezes impactam a nós e ao nosso próximo, a quem também devemos nos preocupar.


Não seja o especialista do Google, vacine-se e vamos juntos combater este mal para a saúde pública.

 
 
 

Comments


© 2023 por Voz do Sucesso. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page