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O Manifesto dos 13 Generais

  • matheusdesenna
  • 30 de mar. de 2021
  • 2 min de leitura

Como já escrevi em outras oportunidades, postadas aqui mesmo, o final do período do Brasil Colônia, bem como o período do Brasil Império, contaram com diversas manifestações e revoltas de cunho político e separatista. Com a saída de Dom Pedro II do poder e a recém instituição da República brasileira, engana-se quem pensa que essas manifestações contrárias ao governo cessaram.


A derrubada da monarquia brasileira não teve apoio popular, sendo assim, não foi bem aceita no país, já que grande maioria da população amava seu Imperador. Deodoro da Fonseca que assumiu como o primeiro Presidente da República, renuncia ao cargo no dia 23 de novembro de 1891, pois temia que uma guerra acontecesse caso ele não tomasse tal medida. Com isso, assume em seu lugar o Vice-Presidente, Marechal Floriano Peixoto.


Pela recém criada Constituição, o governo de Floriano Peixoto era ilegal. A mesma dizia que em caso de um Presidente governar por menos de 2 anos e renunciar, que novas eleições deveriam ser convocadas, o que não aconteceu. Floriano Peixoto através de acordos, principalmente com os paulistas, consegue assumir o poder, sem que eleição nenhuma fosse ao menos convocada. Como podemos ver, a República brasileira já não começou muito bem. Sendo assim, no dia 30 de março de 1892, 13 Generais brasileiros assinam um manifesto contrário ao governo de Floriano. Tal manifesto viria a ser publicado no dia 6 de abril de 1892 e contestava a legitimidade do governo, bem como a forma como Floriano o conduzia, principalmente a linha dura adotada com as rebeliões existentes nos estados. Assinam o manifesto os seguintes generais:


  1. Marechal José de Almeida Barreto;

  2. Vice-almirante Eduardo Wandenkolk;

  3. General de divisão José C. de Queirós;

  4. General de divisão Antônio Maria Coelho (o Barão de Amambaí);

  5. General de divisão Candido José da Costa;

  6. Contra-almirante José Marques Guimarães;

  7. General de brigada João Nepomuceno de Medeiros Mallet;

  8. Contra-almirante Dionísio Manhães Barreto;

  9. General de brigada João Severiano da Fonseca;

  10. Contra-almirante Manuel Ricardo de Cunha Couto;

  11. General de brigada João José de Bruce;

  12. General de brigada José Cerqueira de Aguiar Lima;

  13. General de brigada João Luís de Andrade Vasconcelos.


Como represália ao manifesto, o governo de Floriano Peixoto manda prender alguns dos generais, bem como ainda reforma alguns deles.


Pela forma ditatorial que Floriano conduzia o seu governo, ele ficou conhecido como o "Marechal de Ferro" e também como o "Consolidador da República". Uma curiosidade é que a cidade de Desterro em Santa Catarina, ganhou o nome de Florianópolis em sua homenagem. Nome esse que significa "cidade de Floriano".

 
 
 

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